sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Plano Diretor de Aracaju ganha destaque em palestra


Por: TÍFFANY TAVARES


Aracaju passa por um momento delicado. O do desenvolvimento urbano desordenado sem as devidas coordenadas estabelecidas no Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável – PDDUS, já que este se encontra em fase de adaptações. Um passado que atormenta até os dias atuais, a cidade que surgiu planejada a partir de e uma malha geometricamente semelhante ao tabuleiro de xadrez, cresce hoje praticamente sem restrições.


Dentre as conseqüências de uma história planejada, que não somente preocupam os profissionais da área, como toda a população, nascem problemáticas que não são poucas, a exemplo de edifícios erguidos sem os devidos recuos, calçadas irregulares que avançam as vias públicas, edificações construídas em manguezais, ruas e avenidas estreitas e uma zona de expansão, região sem infraestrutura adequada, sendo relegada aos interesses econômicos das construtoras. Além do conjunto de regras que rege a execução de projetos habitacionais, que precisam estar em concordância com os padrões adotados pelo Governo Federal.
A partir dessa situação, profissionais filiados ao Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Sergipe – Crea-SE realizaram palestra com o tema a “Importância do Plano Diretor na vida do Cidadão”. Na ocasião, o evento teve como palestrante a mestra e doutora em geografia, Vera Lúcia Alves França, representante do Crea-SE no Fórum em Defesa de Aracaju.


Vera com sua experiência em Geografia Urbana e Regional, explanou temas como crescimento urbano, desenvolvimento urbano, políticas públicas metropolização e desenvolvimento, abordou suas contribuições na discussão do Plano Diretor de Aracaju junto com a sociedade civil organizada. “O nosso objetivo é planejar ações para transformar o Plano Diretor de Aracaju como modelo nacional”, destaca a professora de geografia.


A geógrafa adiantou que já existem avanços na revisão trabalhada do Plano Diretor de Aracaju, mas é preciso que estes se consolidem. Ela pensa num Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano Sustentável - PDDUS que priorize o sistema de transporte coletivo e que trate o trânsito caótico de Aracaju. Além de toda atenção para a zona de expansão da cidade diante de sua fragilidade ambiental, Vera acrescenta ainda, que para a região sejam proporcionadas melhores condições de drenagem.Para a arquiteta Isabella Aragão, que destacou a importância da discussão, é preciso uma definição de diretrizes para uma cidade mais justa, uma gestão democrática distante do monopólio político e das construtoras, com a devida valorização das potencialidades de Aracaju e por fim que o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano e Sustentável seja de fato, praticável.

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