quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A volta

Nossa, há quanto tempo não apareço por aqui! Também com planejamentos a mil, sem tempo até de dar uma pausa para relaxar escrevendo...
Mas o que importa é que estou de volta, com todo gás, para fortalecer meu enlace com as palavras, sinto saudades delas a todo momento.
Dia desses, recebi em minha caixa de e-mails, uma mensagem com título: perseverança.
Essa palavra me leva a pensar na exaustão. Persistir atéééééééé a nossa paciência não aguentar mais. Preciso disso nestes últimos momentos na faculadade de jornalismo. Nela conheci pessoas que já se foram, que estão indo, que irão depois de mim...das mais valiosas, daquelas impossíveis de se manter uma relação de amizade...Pela segunda vez terminando outra graduação, aprendi com pessoas mais novas, mais velhas, da minha idade, me deparei com situações, as quais precisei taaaaaaaaannnntttttooooo da tal PERSEVERANÇA. Além de PACIÊNCIA é claro.
Estou caminhando...para o fim da graduação, mais madura, mais paciente e mais....quem sabe...perseverante!
Até a próxima.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

Que poder é esse? Quem é ela?

Que poder é esse? Quem é ela?

Homenagem à mãe da autora.

Olhinhos puxados, cabelos curtos e aloirados e caminhar ágil. Alguém conhece essa aí? Era branquinha, mas agora é douradinha de praia. Continua baixinha como nasceu, mas agora mais experiente, velha não, madura! Antes quando todos estávamos sob suas asinhas, éramos controlados, mesmo que com seu dia-a-dia agitado, voltado para a medicina...acho que ela sabia mais como estávamos pelo pensamento, de tão ocupada que era. Advinha? Não! Confiante em sua criação! Tudo estaria sob o controle feminino dela...

- Ave mãe você quer saber de tudo, vou sair pra algum lugar, depois te conto!

E ela nem esperava a gente acordar, entrava em nosso quarto, sentava ao lado do nosso corpo moído de uma noitada divertida e dizia:

- Como é que foi lá? Foi bom? Fulano foi? Você não bebeu não não foi?

Isso para saber de todas as nossas peripércias, aproveitando o soninho da gente, para contarmos tudo e não escondermos nada. Nossa! Como isso incomodava! Queríamos dormir e ela nos impedia de continuar os nossos sonhos...

Hoje estamos fora de casa. Seu poder parece que acabou. PARECE? É lógico que ... estamos livres, independentes, com nossas vidas, filhos, distância. Vou provar que seu poder por nós acabou! Duvida?

Hoje, em casas diferentes, trabalhamos o dia todo, mal temos tempo de falarmos com ela. Mas...o telefone celular ameniza a saudade de ouvir sua voz.

Hoje, queremos raramente sair com os amigos, porque a amizade se distanciou não foi? Sabe com quem saímos? O desejo de bater um papinho, fuxicar, contar nosso problemas, não é mais para “os amigos de infância” e sim para os nossos VELHOS AMIGOS PREFERIDOS, e sabe para quê? Para fazermos aquele happy hour divertidíssimo, com PAINHO E MAINHA! Ah e temos direito “aquela” cervejinha gelada e tudo. Quem diria hein? Mamy toma dez mil cocas zero e sai bêbada! Meu pai, um suquinho de uva e também sai trêbado. Sabem de quê? De felicidade, de prazer, em estamos um com outro. Do valor que damos um ao outro, mesmo diante de ferrenhas discussões por pequenos causos...

Alguém já viu fulana gazear aula? Pois é agora ela gazeia sim as vezes e com muito prazer ...sabe para que? Para dar uma relaxada com os VELHOS AMIGOS (Mamy e Papy). Contar problemas, bater aquele papinho e até fuxicar. Segundo ela, nunca viu um happy hour melhor que esse!

A gente cria até desculpa de desejos de comer queijo e vinho para nos juntarmos em uma boa farra: Contarmos nossos cotidianos (aqueles que quando mais jovens ODIÁVAMOS falar pra ela! Hoje a gente sente a necessidade disso, de chegar em casa, tomar aquele banho revigorante, pegarmos o celular e “bater o fio” pra quem? Exatamente: PRA ELA! Se não contarmos, aparece um mal humor, uma vaziiiiiiioooooo...

Voltando ao poder de mãe me explica uma coisa? Como é que pode trocamos nossas “jovens vidas agitadas” pelo boa conversa por telefone, em casa, em baladinhas de fim de tarde, ou até jantares noturnos ” com a nossa MÃE?

Eu hein? Esse poder é estranho mesmo! Tem vezes que a gente está cansado e ELA, insiste em nos encontrar em tal lugar, ou até mesmo em casa. A gente cansado do dia-a-dia, cuidando dos nossos, até mesmo surrados de impaciência, cedemos ao célebre pedido e acabamos no lar dela, mesmo que com pressa! Até mesmo um objeto esquecido em seu cantinho, é motivo da gente, mesmo estando na nossa casa, trocarmos de roupa, calçarmos o chinelinho (doido para uma boa cama) nos dirigirmos para sua casa, aliás, para a NOSSA CASA! A casa que tem os nossos cantinhos, os nossos cheirinhos, os nossos filhinhos, os nossos sobrinhos, as nossas mágoas, as nossas lembranças, a nossa piscina, os nosso copos, as nossas fotos, e tantas outras coisinhas só nossas...

Que poder é esse hein? Não sei não. Um dia vou saber! Só sei que essa união, quero que permaneça por mais zilhões de anos e até quem sabe em outras vidas entre nós, personagens de uma longa historinha. Agora somos adultos, independentes, com caminhos traçados, mas... só tem uma coisinha: somos completamente conscientes da dependência desse poder maternal que só nós (filhos) sabemos e achávamos que tinha acabado. Acabou que nada! Só fez aumentar!

Ah! Só para esclarecer, os nossos “amigos de infância” são exatamente os mesmos: ELA E ELE que em todas as horas nos conduziram para o melhor: Nosso Pai e Nossa Mãe. Vale lembrar que somos providos do melhor privilégio do mundo: A NOSSA MÃE É A NOSSA MELHOR AMIGA! Saímos de sua casa, mas não de seus cuidados. Ela continua a nos aconselhar, nos guiar. O que antes não queríamos contar, hoje sentimos necessiade de dividir nossas vidas com ela, NOSSA MÃE, PEQUENA, DE OLHOS PUXADOS, CABELOS ALOIRADOS, ERA BRANQUINHA, AGORA BRONZEADA, continua a mesma só que mais velha, saímos de sua casa, mas não do seu poder.

Hoje imploramos para dia ser mais longo e agendarmos quem sabe um happy hour com ela, só para matar a saudade e contarmos por vontade própria, nossas coisas que até mesmo ela hoje, tem o direito de não ouvir, mas ouve com a mesma paciência de sempre. Perceberam o poder? Quem é essa BAIXINHA, DE OLHOS PUXADOS, CABELOS CURTOS E ALOIRADOS, ERA BRANQUINHA, AGORA É BRONZEADA QUE AINDA TEM O PODER DE NOS GUIAR?

Até quando é preciso provar que a ficha é limpa?

A proposta do Projeto Ficha Limpa é impedir a candidatura de políticos ondenados na justiça em decisão de processos ainda não concluídos. O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral - MCCE, acredita ser possível aplicar o projeto de lei já nas eleições deste ano, já que o presidente Lula o sancionou no dia 6 de junho. Mas pairam algumas dúvidas democráticas. Não é estranho os políticos que querem uma vaga à candidatura precisarem provar que são inocentes, ou terem a tal da “ficha limpa”? Não é estranho ser criado um Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral, que tem o objetivo de “vigiar” a integridade dos homens que estão a reger os poderes do Estado? Acredito que deveria ser o contrário. Não se prova mais que é culpado de algo e mas sim que é inocente? Há controvérsias.


Diante das incontestáveis necessidades de melhoria nos âmbitos econômico, político, social e até cultural do país, chega a ser um desperdício gastar tempo, forças e verbas para definir quem é lícito ou não, capaz de gerenciar os poderes nacionais. Ora, o Ficha Limpa mais parece até crianças no jardim de infância aprendendo o que é certo ou errado. Integridade vem de berço, moral vem de conceitos hereditários; ética é a união da integridade com a moral por entre as linhas dos relacionamentos sociais. É bem verdade. Já dizia minha mãe: “Filha, no Brasil você precisa provar que é inocente”. O susto foi enorme. Susto porque ela ensinou a seus filhos a serem honestos? Susto porque em meio a tanta gente corrupta seríamos anormais?


O Projeto Ficha Limpa obteve uma vitória da sociedade com 1,6 milhão de assinaturas. É bem verdade que é uma posição sensata e democrática. Entretanto, a quarta lei de iniciativa popular é apenas mais uma mobilização que tem como premissa básica a afirmação de que não se deve votar em pessoas que sabidamente irão se valer dos mandatos para desviar verbas públicas ou que respondam por crimes como abuso de poder econômico, corrupção, homicídio e tráfico de drogas.


Porém, a partir da dúvida se a lei pode ser aplicada a políticos já condenados antes do projeto Ficha Limpa ser sancionado ou somente, os com processos em andamento a partir de sua vigência...como sempre houve uma saída. Mais uma vez o “jeitinho brasileiro” soluciona o problema, já que de acordo com o artigo 3º do Ficha Limpa, os candidatos já julgados e condenados têm 15 dias para entrar com recurso, tentando assim revogar ou “desviar” o seu histórico ilícito.


A tentação de jogar todos os partidos e políticos em uma mesma vala comum de oportunistas e aproveitadores pode representar uma boa ação para a democracia, uma boa ação para o uso da verba pública, uma boa ação para a ética e a moral do povo brasileiro. Entretanto, oferecer aos políticos condenados fadados a mergulharem em um poço sem fundo de desconfiança, a uma oportunidade de reverter sua ficha suja seria mais uma vez desperdício. A desconfiança deve-se unicamente ao comportamento deles, à ética deles. Então pergunto: por qual motivo criar o Projeto Ficha Limpa, que impede a candidatura dos que possuem um passado sujo se são dadas oportunidades para limpá-lo? Não tem motivo.


Em nosso país é preciso centralizar as atenções, forças e verbas disponíveis para projetos que ampliem os valores humanos, apoiem situações difíceis, ordem e cidadania, facilitem sistemas, operações ou planejamentos políticos, econômicos e sócio-culturais e não projetos de lei que explorem as fraquezas humanas onde todos interessados à candidatura comprovem um passado lícito e íntegro lhes dando “soluções” para converter a história. Isso é um assunto que não precisa ser discutido, o percurso de uma história é que responde por toda ficha limpa, ou talvez uma ficha suja. Melhor seria criar uma comissão que realmente punisse os “Ficha Sujas” pelos seus devidos motivos. Cadê a punição? É só não concorrer às eleições? Ah bom, então é melhor continuar criando artimanhas para saquear o dinheiro público em silêncio, na calada do dia e ainda, sem os holofotes de cargos eleitorais, ser quem sabe um discreto Renan, um Arruda, um Duda, um Sarney.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Brasileiro é isso aí

Dizem as más línguas que a Africa e São Paulo passaram por maus bocados. E é verdade. Momentos incomparáveis, desumanos e sem dignidade para qualquer família brasileira.
Países do mundo todo se movimentaram e ainda se movimentam para auxiliar aos que ali e aqui precisam. Quem diria que americanos e brasileiros estariam unidos em uma causa única: Amenizar a fome e a sede dos haitianos e os desabrigados paulistas. Brasileiro é assim, bondoso, humano...mesmo com o pouco que tem, divide com os que estão ao seu redor, em silêncio, sofrendo e desprovidos de qualquer carapaça, com fome e sede...Tantos com tanto e ainda querem mais...e mais ainda com tão pouco, repartindo as migalhas e por fim ensinando aos norte americanos o que é ter poder. Isso é ser brasileiro, sem estética, sem plástica, sem capas, sem plásticos, sem hipocrisia...

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

O Mundo da Gente

Olhar tentador
Arrepios arredios
Sussurros ardentes
O toque inocente
A cumplicidade excitante
Nostalgia tensa
Alegria latente
Frisson delicado
Dor veemente
Amor e delírio... a gente.

O que são ISSOS?




Seu lar anda sujinho? Preguiça de limpá-lo? Que tal um escovão desse para fazer a limpeza de sua casa rapidinho? Pois é, acontece que esse escovão aí não é para fazer limpeza não. É nada mais, nada menos que um puf em formato de escovão. Idéia genial né?



Vale lembrar que o puf escovão pode ser colocado em ambientes próximos à cozinhas e varandas, áreas de serviço ou até mesmo em quarto ou salas. A criatividade é o ingrediente perfeito a decoração de seu lar. Revire sua mente!

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

A ORSSE ANTES DE SER DO BRASIL, É SERGIPANA

Ela nasceu na década de 80, há quase 30 anos, acanhada, esforçava-se para crescer e virar artista. Com passos lentos, ainda criança cambaleava, tropeçava e caía, mas naturalmente com sua vontade, se reerguia. Hoje, a jovem Orquestra Sinfônica de Sergipe crescida e encorpada, brilha e solta sua voz como ninguém. Suas interpretações explodem e ecoam nos orgulhosos ouvidos sergipanos. Sim, orgulhosos daquela tímida orquestra com dificuldades de caminhar, que floresceu em um cenário antes ríspido e hoje afável e criterioso da cultura em nosso Estado.


A ORSSE deixou todos os presentes boquiabertos em sua apresentação do dia 18 de junho de 2009, em comemoração ao ano da França no Brasil. A noite no Teatro Tobias Barreto cravou um marco na história de vida da sinfônica. Não apenas pela presença do regente e compositor françês, Michel Legrand digno de aplausos em pé. O mestre das batutas cantava com sua voz meiga ao dedilhar o piano, assim como regia a Orquestra Sinfônica numa astúcia excitante. A harpista Catherine Michel, também com suas mãos habilidosas, extraía sons delirantes de seu peculiar instrumento, numa leveza de algodão. Entretanto, outra cena de arrebatar olhos e ouvidos: os músicos da orquestra pareciam bailar no palco. O amor em uníssono pela música dos instrumentistas sergipanos inebriou os expectadores com suas impetuosas melodias. Um verdadeiro espetáculo!


Na certeza de que em sua primeira excursão nacional ocorrida há um mês, a Turnê Brasil, a Sinfônica Sergipana foi aclamada com respeito e serviu como um remédio para os tímpanos dos amantes da boa música, que tiveram o privilégio de ouvi-la. Mas o orgulho maior, é que o nosso Estado, pequeno geograficamente e tímido, ainda com poucas barreiras culturais, mostrou não para o turista, nem para outros Estados o que Sergipe tem de melhor, mas mostrou sim, a nós mesmos, sergipanos, a sua grandeza artística, o que por algumas vezes...duvidamos.


Sergipe, com a sua Orquestra Sinfônica, transborda cultura, exala sua arte, sua alma, seu sangue competente, persistente e que há alguns períodos de sua existência passou adormecida e sem consistência. A ORSSE está alcançando palcos nacionais e quem sabe não alcançará vôos internacionais? Seu gabarito é digno para isso, só lhe faltam oportunidades, mas estas virão no tempo certo, com o aprendizado certo. E sabe o que é melhor? É que porventura recursos financeiros, incentivos ou apoios culturais podem diminuir ou até faltarem, mas o exímio acervo de conhecimento e experiência que a nossa Orquestra Sinfônica de Sergipe tem, ninguém nos tira.